Resenha Bloodlines - Parabéns Richelle Mead!

Hoje é aniversário da nossa querida Richelle Mead e para comemorar a Editora Seguinte criou uma ação promocional que consiste em encher a internet de comentários sobre Laços de Sangue, o primeiro livro da série Bloodlines, para presenteá-la. Nós fomos convidados a participar dessa ação, então eu (Camila) vou falar um pouco sobre o livro, e a Carol vai falar sobre os personagens.

Sinopse: O trabalho de Sydney Sage não é nada fácil: ela e seus colegas alquimistas são os únicos no

mundo todo que sabem que vampiros existem além das telas de cinema - e são uma ameaça real à humanidade. Para manter a ordem, eles devem impedir, a qualquer custo, que esse segredo vaze e que os reles mortais se aproximem desses seres perigosíssimos.

Mas agora a paz que os alquimistas vêm garantindo há tempos está prestes a desabar, e Sydney, para o bem de todos os humanos, terá de passar a proteger vinte e quatro horas por dia a princesa vampira Jill Dragomir, ou uma guerra pelo trono eclodirá no mundo dos  vampiros, trazendo consequências avassaladoras para os homens. E defender alguém que até então era alvo de seu desprezo será mais difícil do que Sydney imaginava....

   Laços de Sangue é um spin-off de outra série de Richelle, Academia de Vampiros (VA), o que significa que não é necessário ler uma série para entender a outra. Admito que já li VA, mas foi a tanto tempo atrás que não lembro de todos os detalhes (e não li o último livro portanto ler Bloodlines foi uma enxurrada de spoilers) e por algum motivo estranho acabo misturando essa saga com House of Night. A minha sugestão é que vocês leiam primeiro todos os livros de VA antes de ler Bloodlines, caso você queira entender melhor o passado da protagonista. 

   O livro possui uma narrativa envolvente sobre o mundo dos alquimistas (humanos que trabalham para manter o mundo a salvo dos vampiros - sejam estes Strigoi ou Moroi - e dos dampiros). A história é contada por Sydney Sage, uma adolescente que, apesar de ainda se fundamentar nas regras e crenças dos alquimistas, confia nos seus instintos e consegue sentir empatia pelos seres antinaturais - vampiros e dampiros. Ela é mandada para Palm Springs junto com o abominável Keith Darnell (may the odds  be never in his favor!) e tem que se passar por irmã de Jill Mastrano, Eddie Castille, Keith e Adrian Ivashkov para manter a estabilidade política dos Moroi - e consequentemente manter os humanos a salvo. 

   Como toda boa heroína, Sydney tem uma família problemática - o pai é um robô completamente isento de emoções  alquimista muito frio que a trata de um jeito bem distante. A mãe é uma mecânica e tenta sempre se aproximar da filha porém esta não pode se abrir pelo fato de a maioria dos seus problemas envolverem os alquimistas. Por ter estudado em casa, a personagem principal também possui pouco conhecimento quanto ao convívio social em um reformatório e é engraçado vê-la tendo mais dificuldade em se encaixar do que pessoas que são de uma raça diferente. 

  Os leitores que adoram escolher livros pela capa não se decepcionarão com a cópia desse livro. Ela é linda (o marcador de página também hehe), como vocês puderam ver na imagem acima - tem detalhes imitando o sangue e a fonte usada para o título, junto a flor, adicionou um charme. Os capítulos - os quais têm uma flor bem delicada semelhante a da capa abaixo da numeração - não são tão compridos e o tamanho de letra escolhida para o texto também facilita a leitura. 

   Me envolvi muito com a obra, talvez pelo fato de me relacionar com Sydney no quesito "não entendo nada de relações interpessoais" - em uma boa parte dela ela é apenas uma garota tentando se encaixar no ensino médio (mesmo tecnicamente ela já ter acabado a escola) e apesar de ela repudiar seus "amigos" em alguns momentos, é possível ver que ela se importa com eles, não só pelo fato deles serem parte seu trabalho. Recomendo o livro para todos os adoradores de vampiros e também para os que os odeiam - essa é uma daquelas histórias que consegue agradar ambos os grupos.

Agora vamos aos personagens:

• Sydney Sage é uma figura. Não no sentido engraçado da palavra, mas no sentido de ser diferente. Ela é inteligente, muito inteligente. E dedicada, muito dedicada. Mas não sabe nada sobre namoro (ou garotos ou qualquer coisa que envolva esse mundo). Ela tem todas as crenças que os alquimistas entupiram na sua cabeça, mas ela é aberta o suficiente para entender que nem tudo é o que parece. Em Academia de Vampiros, ela convive com Rose e Dimitri, mas ainda está muito resistente. Em Laços de Sangue, ela vai morar em um colégio do outro lado do país (ela já é formada, mas volta um ano) com Eddie e Jill e ainda vira colega de quarto da garota. Além disso, ela faz visitas frequentes a uma casa com um vampiro idoso, outro vampiro visitante e Adrian (que está hospedado lá). Se eu fosse uma alquimista que odeia vampiros, não sei se conseguiria lidar com isso.
• Adrian Ivashkov é meu personagem favorito da vida (junto com o Maxon de A Seleção) por inúmeros motivos. Ele é bêbado e fumante, mas eu fico pensando em todos os motivos que o levaram a ser assim. Fico pensando em quanto Rose pisou no coração dele e quanto eu odiei Richelle Mead depois que o último livro de Academia de Vampiros saiu e Adrian estava despedaçado. Eu só queria poder abraçar a criatura, porque eu sabia que as coisas ficariam piores por causa do que ela fez. Então ele passa um tempo com Sydney Sage e é visível que ele está se apaixonando por ela. Fiquei com muito medo de ela pisotear o coração do cara, mas, felizmente, não. As coisas estão melhorando para ele e eu estou feliz por isso. Mas vou ficar quieta pra não soltar todos os spoilers lindos que eu queria.
• Jill Mastrano é o grande motivo para todos os acontecimentos do livro. Ela é meia irmã da rainha vampira Vasilisa Dragomir (Lissa para os íntimos) e ainda está muito confusa com tudo isso. Junto com Sydney e Eddie (que estão lá para protegê-la), ela se muda para Palm Springs (e carrega Adrian, já que eles possuem uma intensa ligação) para fugir do povo que quer derrubar a rainha por inúmeros motivos. Ela é um doce de menina e retrata o que muitas adolescentes sentem nessa fase de suas vidas. Ela era apagadinha em Academia de Vampiros, mas (junto com Eddie) é uma personagem que foi reaproveitada pela Richelle. E eu estou muito feliz por isso, porque ela nunca deixa um personagem sem função na série.
• Eddie Castile é um dampiro que foi escolhido como guardião de Jill durante a viagem deles a Palm Springs. Eu achei que o Eddie ia ficar largado, depois do que fez para ajudar a Rose, mas aqui está o momento em que ele vai provar o seu valor. Eu adoro o Eddie. Sempre achei que ele tinha um coração imenso e estou muito feliz porque Richelle resolveu contar mais sobre ele.
• Lee Donahue é um ex-strigoi insatisfeito. Para provar o ponto de que o mundo vampiro da série é louco, nós temos o Lee, que não se conforma em ser moroi novamente. Alguém o transformou de volta, mas o cara está buscando de todas as formas tornar-se um strigoi novamente. Só que as coisas se complicam quando ele se apaixona pela Jill. Só posso dizer que ele me enganou direitinho.
• Keith Darnell é o típico cara chato da história. Ele é o alquimista responsável por Palm Springs e supervisiona a Sydney. Na verdade, ele atrapalha tudo. Ele finge ser irmão dela (e de Jill e Eddie), mas não serve para nada e ainda é "mafioso". Se você terminar esse livro sem vontade de socar a cara dele, você não é normal.
• Micah Vallence é mais um bonito que se apaixona pela Jill. Fico me perguntando quem nessa série não se apaixona pela garota. Eles estudam na mesma turma e o cara se torna amigo dela, na esperança de ser mais do que isso. Ele se dá mal, porque ela passa a sair com o Lee, que é universitário e tem o aval da Sydney, mas o cara não desiste.
• Abe Mazur é o pai mafioso de Rose Hathaway. Não que ele seja má pessoa, ele só é uma figura. O cara sabe de tudo, tem contatos em todos os lugares e resolve quase todos os problemas possíveis, se for do interesse dele. Sydney tem uma dívida com ele e, por conta disso, não pode dizer não ao cara. É ele quem ajuda a todos os outros a encontrarem um lugar em Palm Springs e uma forma de alimentar os moroi.
• Clarence Donahue é um moroi idoso de Palm Springs que surgiu nessa série. Ele é o pai do Lee e Adrian fica na casa dele durante Laços de Sangue. Ele tem uma alimentadora e ela fornece sangue para Jill e Adrian, o que resulta em algumas cenas na casa do cara.

Agradecemos a Editora Seguinte e Matheus Braga, do blog Vida de Leitor, por nos dar a oportunidade de fazer parte de um projeto tão legal para homenagear a autora em seu aniversário!