
Sinopse: Este é o segundo volume da trilogia Jogos Vorazes, baseada nos romances de Suzanne Collins. A saga relata a aventura de Katniss (Jennifer Lawrence), jovem escolhida para participar aos "jogos vorazes", espécie de reality show em que um adolescente de cada distrito de Panem, considerado como "tributo", deve lutar com os demais até que apenas um saia vivo. Neste segundo episódio da série, após a afronta de Katniss à organização dos jogos, ela deverá enfrentar a forte represália do governo local, lutando não apenas por sua vida, mas por toda a população de Panem.
Na sexta-feira, 15/11/2013, estreou nos cinemas brasileiros Jogos Vorazes Dois Em Chamas, que é a adaptação cinematográfica para Catching Fire de Suzanne Collins, segundo livro da série Jogos Vorazes aka The Hunger Games. Depois de todo esse
blábláblá, vale frisar que o primeiro filme era minha adaptação preferida de um livro, porque achei que o diretor foi bem fiel ao livro. Então eu fiquei nervosa quando soube que mudaria o diretor (ainda mais porque ele dirigiu Eu Sou o Número Quatro e mudou muito no filme).
Só que esse foi melhor do que o primeiro, já que mostrou coisas que o primeiro não mostrou e explicou tudo o que precisava ser explicado para quem não leu os livros. Não houve pontas soltas. Os efeitos foram muito bem feitos, como o centro de treinamento maravilhoso e aquele campo de força incrível. A arena foi muito bem feita e tudo o que aconteceu nela teve um enorme cuidado. Os macacos eram assustadores, as queimaduras da chuva deixavam marcas horríveis, a selva foi muito bem feita, a cena do pássaro ficou incrível (vou comentar sobre ela junto com a atuação dos personagens) e eu acho que só faltou uma coisa: sangue. Como no outro filme, senti a falta do sangue aparecendo nesse filme. Eles se machucavam e o sangue sumia muito rápido, ou não aparecia nenhum.
Como falar das atuações desse filme? Tirando um ou dois atores, as atuações foram impecáveis. Finnick Odair (Sam Clafin) deveria ser gato. Esse era o primeiro pré-requisito para o filme. Sam é bonito e um excelente ator, mas não é lindo. Liam Hemsworth é mais bonito que todo o cast ele. Mas eu gostei que o Sam perdeu todo o sotaque britânico para o filme e ele foi muito convincente. Nas cenas em que deveria ser um guerreiro, foi um guerreiro; quando deveria ser mais sensível (depois da cena dos pássaros eu queria abraçá-lo), foi. Johanna (Jena Malone) era uma atriz desconhecida para mim e não tinha nada a ver com a descrição, sua atuação foi estridente e forçada em algumas horas, mas não foi de todo ruim. Em alguns momentos, ela foi muito boa, como na cena em que eles tiraram o rastreador da Katniss.
Cinna (Lenny Kravitz) é um lindo. Dei um gritinho quando ele apareceu na casa da Katniss e por mais que eu ainda ache que o Lenny não tem nada a ver com a descrição do livro, agora ele é meu Cinna perfeito. As expressões que ele faz e o ar gênio descolado que ele deu ao personagem quase me levou às lágrimas quando ele foi espancado (e morto). Tivemos a Mags (Lynn Cohen), que era uma velhinha muito fofa, mas ficou forçada. Então tivemos cenas com o pacificador aka Commander Thread (Patrick St. Esprit). Ele já chegou forte ao filme e todas as cenas desde aquele momento foram ótimas. A cena da praça, quando ele açoita o Gale, foi sensacional. Eu me arrepiei e morri de medo. Ele tinha uma voz tão poderosa e firme, que foi impossível não sentir medo.
Vimos também, Ceaser (Stanley Tucci), que é um contraponto ao pacificador, como um cara que também deveríamos odiar, mas não conseguimos. Ele é engraçado, dramático... Stanley é um excelente e experiente ator que absorveu muito bem o personagem. Por
últimos, temos Effie Trinket (Elizabeth Banks). Ela é uma personagem que representa totalmente o que é a Capital: futilidade. No primeiro filme, vemos a personagem totalmente feliz durante a Colheita. Assim como todos, ela estava muito feliz por tudo o que estava acontecendo. Nesse filme, ela reflete a dor de todos na capital. Eles amam o casal Katniss e Peeta e estão tristes com a perda de um dos dois, como vimos durante o filme. E Elizabeth fez muito bem o papel, imprimindo na atriz as emoções necessárias, na medida exata. Sem contar o trabalho de figurino e maquiagem,
que foi excepcional.
Quis deixar nosso quase casal por último. Esse é o livro e o filme em que Peeta (Josh Hutcherson) é coroado o rei da friendzone. Antes da turnê dos vencedores, ele é totalmente ignorado pela Katniss. Durante a turnê, eles melhoram a relação deles – dormem juntos por conta dos pesadelos de ambos, dividem os holofotes nos distritos, mas as coisas voltam a serem estranhas quando eles retornam ao Distrito 12. O pobrezinho é chifrado duas vezes! Só sei que, a cada coisa fofa que ele faz, eu queria apertá-lo todinho. Se um dia eu encontrar o Josh, vou abraçá-lo tão forte que ele vai quebrar. Para alguém que não estava tão animada com o filme, Peeta me lembrou porque eu amo tanto essa série e porque ele é o meu personagem favorito; mas também, com toda essa inteligência e poder com as palavras (aquela coisa do bebê foi genial, né? Viram a reação do pessoal da Capital?), como a gente pode odiar ou não torcer por ele?
Katniss Everdeen (Jennifer Diva Lawrence) é uma personagem totalmente sem coração. Mentira, ela não é totalmente. Ela só não é boa com garotos. Tenho pena do Peeta por gostar tanto dela. Só que até nisso a maravilhosa da Jennifer faz um trabalho incrível. A pessoa das entrevistas não é aquela que vemos nas telas. Até para sorrir Katniss tem problemas e Jennifer fez isso com sorrisos falsos ou não sorrisos. Toda a atuação dela durante as horas do filme foram incríveis. É estranho pensar no quanto falaram mal dela antes de o primeiro filme sair, mas ela é a Katniss perfeita. E o final, quando ela não encontra o Peeta e Gale diz a ela que o Distrito 12 não existe mais, só mostra quão sensacional Jennifer foi. Nós vimos tudo naquele olhar dela.
Tivemos as partes do filme que deixaram a desejar, como a cena em que o Plutarch dança com a Katniss e ele não está com o relógio com o tordo, o que foi bobagem cortarem, já que era algo bem fácil de fazer. Só que o que mais me irritou foi a trilha sonora, que foi tosca em alguns momentos. Gostei quando colocaram Atlas para tocar, porque foi no momento certo, mas em outros momentos... Quando eles não precisavam de trilha nenhuma, surgia alguma musiquinha tosca. Quando eles precisavam de algo triste, colocavam algo
totalmente diferente. Meu exemplo é: cena em que Katniss está sendo resgatada da arena e aquela ópera estilo Nona Sinfonia de Beethoven (não era essa, é claro) começou a ser tocada. Eu comecei a rir, porque não tinha nada pior para colocarem ali.
Tirando esses pequenos defeitos, o filme foi excelente. Vemos tantas
adaptações aí que nada tem a ver com o filme, que os pequenos problemas, como
elenco ou detalhes do filme, são facilmente superados com muita dedicação a
outras coisas mais importantes. Recomento totalmente que você levante a bunda
da cadeira agora e vá assistir. E eu vou ficar aqui só esperando pelo próximo.
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